segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Absorventes


Até hoje, ninguém se arrisca a apontar um inventor único ou uma data precisa que marque o aparecimento dessa inovação que revolucionou a vida das mulheres. Entretanto, sabe-se que há pelo menos 2 500 anos as mulheres já usavam alguma coisa para conter o fluxo sanguíneo “naqueles dias”. Um dos primeiros registros dos absorventes aparece nos manuscritos do grego Hipócrates, que viveu entre 460 e 370 a.C. e é considerado o pai da medicina. Em uma de suas obras, ele menciona uma proteção menstrual que era usada dentro da vagina – não dá para conhecer maiores detalhes porque há poucas descrições sobre o objeto.
Até o início do século 20, o absorvente mais usado eram as “toalhinhas”, nome popular das faixas de tecido dobradas em três partes, depois lavadas e reutilizadas.
“Elas não eram tão práticas como os produtos de hoje, mas cumpriam bem sua função, desde que fossem utilizadas bem sequinhas, evitando a umidade que traz inflamações e fungos”, afirma o ginecologista Mauro Abi Aidar, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Os estudos para a criação de absorventes descartáveis começaram na Alemanha, ainda no fim do século 19. O primeiro desses produtos, uma espécie de bandagem que as mulheres colocavam sobre a calcinha, apareceu nas lojas em 1890. Outros avanços significativos aconteceram na década de 1930.
Nessa época, chegou ao Brasil o Modess, o primeiro absorvente descartável vendido no país. Em 1933, nos Estados Unidos, surgiu o primeiro registro de patente de um absorvente interno – por aqui, a novidade só chegaria quatro décadas depois, com o O.B.
“O certo é que esses produtos melhoraram muito a qualidade de vida das mulheres. De qualquer forma, elas devem tomar alguns cuidados ao usá-los, como evitar comprar absorventes perfumados, que podem causar alergias, trocar o produto sempre que ele estiver úmido e deixar os absorventes internos apenas para ocasiões especiais, como os banhos de praia ou de piscina”, diz Mauro.
Primeiros produtos descartáveis só chegaram ao Brasil na década de 30
1854
Inventores americanos registram as primeiras patentes de um cinto com tecidos absorventes laváveis, para substituir as antigas toalinhas usadas até então
1890
Na Alemanha, surge o primeiro absorvente descartável, o Hartmann’s, uma bandagem vendida em caixa com seis unidades. Anos depois, o produto chega à Inglaterra e aos Estados Unidos
1894
Inventores alemães criam uma calcinha com uma espécie de cinto lavável acoplado. A criação, porém, não faz sucesso e logo cai em desuso
DÉCADA DE 30
O Modess, da Johnson & Johnson, é o primeiro absorvente descartável a chegar ao Brasil. O produto, que era importado de fábricas nos Estados Unidos, só começou a ser industrializadoaqui em 1945
1933
Os primeiros absorventes internos são patenteados nos Estados Unidos. Quatro anos depois, o médico americano Earle Haas coloca à venda o Tampax, o pioneiro produto interno com aplicador
1974
No Brasil é lançado o O.B., o primeiro absorvente interno no país. O nome vem de ohne binde, expressão alemã que significa algo como “sem toalha”

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MODESS

Apesar da marca MODESS não ter mais a força e prestígio de antes, ela escreveu para sempre seu nome na história do segmento de higiene íntima feminina, especialmente no mercado brasileiro, onde acompanhou gerações e gerações de mulheres. Afinal, MODESS se tornou sinônimo de categoria de produto: absorvente higiênico.-A história
Tudo começou em meados da década de 20, quando a JOHNSON & JOHNSON resolveu criar uma marca de absorventes higiênicos para competir no mercado americano com a KOTEX, produzida pela Kimberly-Clark. Após muitas pesquisas a empresa lançou em 1926 os absorventes MODESS no mercado americano. O novo produto vendia tão bem que a empresa resolveu criar uma divisão exclusiva para a marca. MODESS também se distinguia no mercado pela sua comunicação. De 1948 a 1970 a marca utilizou o slogan “Modess... Because”, que capitalizava a relutância das mulheres quando o assunto era menstruação para a marca, cujo nome sugeria “modéstia”.
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Parece que foi ontem. As mulheres usavam toalhinhas higiênicas “naqueles dias” e não ficava bem pronunciar a palavra menstruação em alto e bom som, mesmo numa conversa entre amigas. Em 1933, aqui no Brasil, essa constrangedora realidade começou a mudar com a chegada de MODESS, o primeiro absorvente higiênico descartável do mercado nacional, que inicialmente era importado dos Estados Unidos e foi promovido com o slogan “use uma vez e jogue fora”. Há mais de sete décadas, MODESS provocou uma revolução nos hábitos de higiene íntima feminina, incentivou as mulheres brasileiras a se livrar de tabus e preconceitos relacionados à menstruação, proporcionando-lhes maior liberdade de ir e vir “naqueles dias”, e iniciou uma nova categoria de produtos no mercado, da qual se tornou símbolo. Nessa época as “toalhinhas higiênicas” eram o que havia de mais moderno para a proteção das mulheres no período da menstruação. De tecido grosso e absorvente, dobrado em três partes, as “toalhinhas” cumpriam seu papel, mas com extremo desconforto para as usuárias. Não eram nem um pouco práticas, causando dificuldades tanto na manutenção da higiene quanto nas trocas. Com MODESS a situação mudou completamente. Surgia, então, uma alternativa segura, prática e higiênica para as mulheres que ampliavam seus horizontes, querendo mais tempo para si mesmas, para os estudos e para o trabalho, e precisavam de todos os dias do mês para se dedicar plenamente aos seus objetivos e usufruir de uma maior liberdade pessoal. Para vencer e se impor de fato como uma evolução em relação às “toalhinhas” e outros recursos utilizados pela mulher “naqueles dias”, a marca precisou ajudar o público feminino a vencer seus próprios tabus e preconceitos em relação à menstruação. Com esse objetivo, e também de forma pioneira no Brasil, empenhou-se em um programa de educação, de orientação e de atendimento personalizado à consumidora, lançando as sementes do que viria a ser o Serviço de Atendimento a Consumidores, recurso hoje amplamente utilizado por empresas de todo o país na busca de uma maior integração com seu público.
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MODESS, que a partir de 1945 passou a ser fabricado aqui, aparecia em propagandas discretas de revistas femininas, que abordavam publicamente, pela primeira vez no país, o tema da menstruação. Para rebater diretamente tabus e preconceitos, estava a postos uma “conselheira feminina”, Anita Galvão, para quem as consumidoras escreviam longas cartas, pedindo esclarecimentos, solicitando livretos educativos e amostras do produto, oferecidas em cupons impressos nos anúncios. A conselheira nunca existiu de verdade, as perguntas e dúvidas eram respondidas por uma equipe de seis pedagogas. Esse trabalho de orientação foi consolidado em 1967, com a criação de um Departamento de Serviços Educacionais, cuja equipe, percorrendo o país de norte a sul, encarregava-se de realizar palestras sobre as peculiaridades do corpo feminino, esclarecendo as principais dúvidas das mulheres relativas à menstruação.
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-MODESS evoluiu junto com as consumidoras, oferecendo sempre, com base em tecnologia constantemente aprimorada, mais conforto, segurança e proteção a cada nova geração de mulheres. Sempre em busca de aprimoramento, MODESS começou a se definir como uma família de produtos, capaz de oferecer variadas opções de proteção às consumidoras. Foram então desenvolvidas as versões Normal, Normal com Abas (que envolviam e protegiam a calcinha, mantendo o absorvente firme no lugar e evitando vazamentos laterais), Noturno (17% mais longo que os absorventes normais, oferecendo segurança superior durante a noite, evitando vazamentos pelas extremidades) e Noturno com Abas. Apesar da força de sua marca, na última década, a JOHNSON & JOHNSON focou todas as inovações tecnológicas na marca Sempre Livre. Em virtude dessa decisão estratégica da empresa, a marca MODESS não acompanhou a evolução do setor, o que acabou selando um enorme declínio em sua participação de mercado.--


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Depois procuro  mais alguma coisa sobre o assunto...
Tchau e até amanhã

Beijão 

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